Thursday, February 16, 2006

Friends

Confesso que até a 2 repôr a sitcom Friends (Amigos, na nossa bonita língua) era pouco o que sabia acerca da série: dos poucos episódios que tinha visto sabia que era uma série girota, com umas miúdas bonitas e até conhecia o famoso Smelly Cat, que tinha dado então nome a um blogue chamado Gato Fedorento. Depois lembro-me de ter apanhado uns episódios na RTP dobrados em português e aí tentei não lhe tocar mais, nem com um pau de cinco metros.

Mas agora a 2 voltou a passar o Friends, todas as noites da semana às 20.30, mais coisa menos coisa. É aquele horário em que normalmente passa sempre uma sitcom para rir e que eu costumo ver, porque fica ali numa altura esquisita do dia em que não há muito para fazer,: está-se a fazer a digestão e a matar algum tempo enquanto não se vai ao café e, por isso, nada melhor do que um programa de trinta minutos que não dê muito trabalho ao cérebro, atordoado ainda com o fastio do jantar.

Confesso que me comecei a interessar e a acompanhar a série. E realmente é engraçada e percebe-se todo o sucesso que teve nos Estados Unidos. No entanto, agora que já vai para aí na quinta série, tenho de admitir que os autores estragaram tudo. Eu sei que cinco anos é muito tempo e que as ideias se esgotam, mas mais vale acabar com as coisas do que as arrastar pelas ruas da amargura (ouviste Matt Groening?). E passo a explicar porque é que estragaram aquilo.

Para quem não sabe, Friends relata as aventuras e desventuras diárias de um grupo de seis amigos, daqueles que são unha com carne, que se dão todo o santo dia e se ajudam mutuamente. Pois bem, ao fim de cinco séries andam todos a meterem-se debaixo uns dos outros. Exacto, é esse mesmo o problema. É verdade que é muito possível que isso acontecesse, depois de cinco anos a verem-se todos os dias. Mas não me lixem: depois de se meterem debaixo uns dos outros as coisas nunca mais seriam iguais.

Por isso, essa coisa de eles serem todos amiguinhos e que irem para a cama uns com os outros são coisas que acontecem não me convence. Tenho dito.